Felicidade por um Fio | Resenha Crítica
O título original do filme Felicidade por um Fio, dirigido por Haifaa Al-Mansour, faz referência ao que os norte-americanos chamam de “nappy hair”, que é aquele cabelo completamente alisado. Como podemos perceber, ao longo da trama escrita por Adam Brooks e Cee Marcellus, a personagem principal deste filme, a publicitária Violet Jones (Sanaa Lathan) aprende, desde cedo, que seu cabelo deve ser “domado” e estar sempre impecável, como se ele fosse um reflexo da perfeição que a sua vida deveria emular.
O filme é dividido em alguns capítulos, que representam a vida de Violet e que também ilustram as diversas fases pelas quais seu visual capilar passa. O sentido de Felicidade por um Fio é nos mostrar que a jornada de Violet, na realidade, é em busca do amor próprio em primeiro lugar, de forma a que ela possa, em seguida, reorganizar a sua vida e aprender a amar e a se dedicar a uma outra pessoa. Ou seja, se eu me sinto bem e feliz comigo mesma, estarei pronta para amar alguém e para ser plenamente feliz.
O interessante em Felicidade por um Fio é que a obra fala, de uma maneira leve e divertida, sobre algo que aflige as mulheres em geral: a pressão pela “obrigação” de seguir determinados padrões de beleza. Ao se empoderar como indivíduo e ao tomar a decisão de não se curvar mais ao que é imposto pela ditadura das revistas de moda e das celebridades, Violet começa a perceber coisas sobre si mesma e sobre a vida que ela realmente gostaria de viver. E uma coisa é certa nesse ponto: a partir do momento em que a vida dela ganha um (re)significado, tudo começa a andar nos trilhos novamente.
Felicidade por um Fio (Nappily Ever After, 2017)
Direção: Haifaa Al-Mansour
Roteiro: Adam Brooks e Cee Marcellus (tendo como base o livro escrito por Trisha R. Thomas)
Elenco: Sanaa Lathan, Ricky Whittle, Lyriq Bent, Lynn Whitfield, Ernie Hudson, Daria Jones
Assisti esse filme ontem(através da sua indicação) e gostei bastante.Apesar de uma direção pouco inventiva,o filme segura pela atuação calorosa de Sanaa Lathan e a temática.
Paulo, exatamente. A direção é comum, o roteiro é previsível, mas o filme prende a atenção.