Absorvendo o Tabu | Resenha Crítica
É difícil imaginar que, nos dias atuais, ainda existam países que encaram a menstruação como um verdadeiro tabu. Isso é ainda mais difícil de crer quando nos deparamos com a informação de que a Índia, o segundo país mais populoso do mundo, é um deles.
O documentário de curta-metragem Absorvendo o Tabu, dirigido por Rayka Zehtabchi, se passa em uma aldeia rural próxima a Delhi, onde as mulheres começam a modificar seus destinos. Por gerações, a maioria delas não teve acesso à informação sobre a menstruação, não sabem lidar com ela e, muito menos, conhecem a existência de um simples absorvente. Essa realidade ocasionou, não só problemas de saúde, como também mulheres e meninas que não sabem lidar com o seu próprio corpo.
Quando um inventor local cede uma máquina de fabricar absorvente a esta aldeia, as mulheres não só aprendem um novo ofício, como também passam a comercializar seus próprios absorventes, num movimento de difusão e de conscientização, assim como de independência econômica e familiar.
Vencedor do Oscar 2019 de Melhor Documentário de Curta-Metragem, Absorvendo o Tabu é um filme muito importante. Primeiramente, por capturar um momento de mudança na vida dessas mulheres. Mas, principalmente, por nos relembrar sobre a importância de estarmos sempre abertos ao novo, sem medo de encarar qualquer tipo de assunto ou situação.
Absorvendo o Tabu (Period. End of Sentence., 2018)
Direção: Rayka Zehtabchi
Indicações ao Oscar 2019
Melhor Documentário de Curta-Metragem – VENCEDOR!