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John e Yoko: Só o Céu como Testemunha | Resenha Crítica

publicado em:21/05/19 10:59 AM por: Kamila Azevedo Filmes

Na história particular de John Lennon, a figura de Yoko Ono é muito injustiçada. As pessoas veem o grande amor da vida de Lennon como a mulher que entrou na vida dele, bagunçou tudo e ocasionou o fim dos Beatles. O documentário John e Yoko: Só o Céu como Testemunha, dirigido por Michael Epstein, vem para desafiar o que a opinião pública pensa sobre ela. Yoko, não só foi a parceira de vida de Lennon, como também foi uma mola propulsora no lado artístico do marido. Ela abriu todo um novo horizonte para ele e, de certa maneira, o libertou, mostrando para Lennon um lado criativo que ele passou a trabalhar e que foi preponderante para o que vimos na carreira solo dele.

O documentário acompanha o processo de gravação de Imagine, o segundo álbum solo de Lennon, num período que vai de 1969 até 1971. Nessa época, a família Lennon morava em uma casa bucólica e tranquila, localizada no Tittenhurst Park, na Inglaterra. Ali, todos tinham a atmosfera perfeita para criar o disco, que é considerado um dos marcos da carreira de Lennon, e o rito de passagem que levaria a família Lennon para fixar residência em Nova York, onde a mensagem de paz que ele propagava teria muito mais força.

Por meio de depoimentos das pessoas envolvidas no processo de gravação do disco, podemos testemunhar que o encontro entre John Lennon e Yoko Ono foi uma daquelas conexões raras, que dificilmente se repetem na vida. Por meio do amor que os uniu, Lennon e Yoko acabaram se transformando num ser único, cujas motivações, desejos e propósito de vida eram os mesmos.

Por isso mesmo, John e Yoko: Só o Céu como Testemunha (cujo subtítulo é um dos versos da canção que representa fielmente esta união: o tipo de arte em que Yoko acreditava, aquela que movia as pessoas a pensarem por si próprias; e a música de John e o talento descomunal que ele tinha) acaba funcionando como um belo tributo a tudo que os dois construíram juntos, pessoal e artisticamente. É um filme muito bonito e com passagens emocionantes, como só a arte muitas vezes, na sua essência mais pura, é capaz de nos tocar.

John e Yoko: Só o Céu como Testemunha (John and Yoko: Above Us Only Sky, 2018)
Direção: Michael Epstein

Avaliação/Nota

Nota
8.0

Média Geral



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Jornalista e Publicitária


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